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Reforma Tributária no Comércio: O que Muda e Como se Preparar

  • Gustavo Deboleto
  • 15 de set.
  • 4 min de leitura
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A Reforma Tributária de 2026 promete transformar profundamente o cenário fiscal brasileiro. Para o setor de comércio, essa mudança será decisiva, trazendo tanto desafios quanto oportunidades. Neste artigo, vamos detalhar os impactos da reforma, as adaptações necessárias e como empresas podem se preparar estrategicamente.Ao longo do conteúdo, destacamos os insights de Gustavo Deboleto, especialista em contabilidade e professor de graduação e pós-graduação, além de fundador da Controlle Contabilidade, referência em soluções fiscais e estratégicas para negócios em todo o Brasil.


O que é a Reforma Tributária e por que ela é importante para o comércio?

O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo. São diversas legislações, alíquotas diferenciadas e obrigações acessórias que variam conforme o estado e o município. Essa fragmentação sempre representou um obstáculo para empresas de comércio, que precisam lidar com um emaranhado de regras para cumprir corretamente suas obrigações fiscais.


A Reforma Tributária vem justamente para enfrentar essa realidade. Sua proposta é simplificar, unificar e tornar mais justa a forma como os tributos sobre consumo são cobrados. Na prática, isso significa reduzir a burocracia, dar mais transparência ao processo de recolhimento e criar um ambiente de negócios mais competitivo.


Para empresas de comércio, os impactos serão expressivos. Desde a emissão de notas fiscais até a gestão de estoques e precificação, tudo precisará ser adaptado. Mas também haverá benefícios: com a eliminação do efeito cascata, o custo final dos produtos poderá cair, favorecendo consumidores e aumentando a competitividade.


Segundo Gustavo Deboleto, da Controlle Contabilidade, a grande vantagem é que a reforma pode permitir uma visão mais estratégica da gestão tributária. Em vez de gastar energia apenas para cumprir regras, o empresário poderá usar os novos mecanismos para otimizar sua operação.


Principais mudanças da Reforma Tributária para o comércio


1. Substituição de tributos por um IVA dual:

O PIS, a Cofins, o ICMS e o ISS serão extintos. Em seu lugar, teremos dois tributos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), administrado por estados e municípios, e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal. Esse modelo, chamado de IVA dual, se inspira em práticas adotadas por outros países e busca dar mais clareza ao processo.


2. Não cumulatividade plena:

As empresas terão direito a créditos sobre todos os tributos pagos nas etapas anteriores. Isso elimina o efeito cascata, onde um imposto incide sobre outro, aumentando artificialmente o preço dos produtos. Para o comércio, isso pode significar redução de custos e maior margem para competir.


3. Tributação no destino:

Atualmente, a arrecadação é feita no estado de origem da mercadoria. Com a reforma, a tributação será feita no estado de destino, ou seja, onde o consumidor final está. Isso deve reduzir a guerra fiscal entre estados e equilibrar a concorrência.


4. Imposto Seletivo (IS):

Será aplicado a produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e automóveis. Para empresas que atuam com esses itens, o impacto será direto na precificação.


5. Período de transição:

Entre 2026 e 2033, haverá convivência entre o sistema atual e o novo. Essa fase de adaptação exigirá atenção redobrada, pois as empresas precisarão lidar com duas legislações simultaneamente.


Impactos para empresas de comércio


A reforma trará uma série de implicações práticas. Entre os principais impactos podemos destacar:


- Redução da burocracia e dos custos administrativos;

- Potencial redução de preços finais, favorecendo consumidores;

- Necessidade de revisar a cadeia de suprimentos para otimizar custos;

- Alterações na forma de gerir estoques e créditos tributários;

- Exigência de maior atenção no planejamento estratégico.


De acordo com Gustavo Deboleto, empresas que anteciparem essas mudanças estarão mais preparadas para aproveitar as oportunidades que virão, em vez de apenas reagirem aos desafios.


Como as empresas devem se preparar?


1. Atualização de sistemas de gestão:

É fundamental que os sistemas ERP, PDV e de faturamento sejam adaptados. Eles precisam suportar o cálculo dos novos tributos e emitir notas fiscais eletrônicas compatíveis com o novo modelo. A integração com os órgãos fiscalizadores também deve ser garantida.


2. Revisão do cadastro de produtos:

A classificação fiscal (NCM/NBS) precisa estar correta para evitar erros na tributação. Além disso, será necessário incluir novos atributos tributários no cadastro, especialmente para produtos sujeitos ao Imposto Seletivo.


3. Planejamento tributário:

Empresas devem realizar simulações comparando a carga tributária atual e a futura. Isso ajudará a definir estratégias de precificação, negociação com fornecedores e contratos.


4. Treinamento e comunicação:

Investir na capacitação das equipes é indispensável. Todos os setores — contábil, fiscal, vendas, TI e gestão — precisam entender as mudanças. Também será importante alinhar fornecedores e clientes quanto aos novos procedimentos.


Contar com apoio especializado, como o da Controlle Contabilidade, pode ser decisivo para evitar erros e aproveitar benefícios.


Exemplos práticos de adaptação


Uma rede de supermercados que comercializa bebidas alcoólicas precisará recalcular preços devido à incidência do Imposto Seletivo. Isso pode significar ajustar margens, rever fornecedores e até modificar o mix de produtos oferecidos.


Já uma loja de eletrodomésticos deverá atualizar seu sistema de gestão para garantir que as notas fiscais incluam corretamente o IBS e a CBS. Sem essa adaptação, corre o risco de sofrer penalidades fiscais.


Esses exemplos mostram que não se trata de uma mudança teórica: a reforma terá impacto real e imediato no dia a dia das empresas.


Erros comuns que as empresas devem evitar


1. Procrastinar a adaptação: esperar até 2026 pode trazer riscos enormes, já que a transição exigirá tempo.


2. Ignorar o fluxo de caixa: créditos tributários mal administrados podem comprometer a saúde financeira da empresa.


3. Deixar de treinar equipes: funcionários despreparados aumentam a chance de falhas e autuações.


4. Não contar com apoio especializado: tentar lidar sozinho com a complexidade da reforma pode sair mais caro do que investir em consultoria especializada.


Segundo Gustavo Deboleto, o maior erro é enxergar a reforma apenas como obrigação fiscal, quando ela deve ser tratada como uma oportunidade estratégica.


Conclusão

A Reforma Tributária de 2026 representa uma revolução para o ambiente de negócios brasileiro. As mudanças não serão simples, mas, com preparação, podem trazer inúmeros benefícios ao setor de comércio.


A recomendação de Gustavo Deboleto e da Controlle Contabilidade é clara: começar imediatamente a revisar processos, atualizar sistemas, treinar equipes e simular cenários tributários.


Quem se preparar desde já não apenas garantirá conformidade, mas também poderá transformar desafios em oportunidades de crescimento sustentável.


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